banco de capacitores

Os capacitores devem ser produzidos de acordo com as normas NBR IEC 60831-1/2, UL 810 e a diretriz RoHS.

Os capacitores destinados à correção do fator de potência são fabricados com filme de polipropileno metalizado auto-regenerativo e possuem um dispositivo de interrupção de segurança para lidar com sobrepressões internas.

O papel do capacitor é gerar a energia reativa necessária para a empresa, a fim de alcançar o fator de potência mínimo estipulado pela ANEEL, que é de 92%.

Caso o fator de potência seja inferior a 92%, isso resultará em multas na conta de energia elétrica, proporcional ao consumo mensal (kWh). Além disso, isso pode ocasionar problemas como o aquecimento de cabos e equipamentos elétricos, bem como interferências na tensão da empresa.

A penalização ocorre quando o fator de potência indutivo é inferior a 92% entre 06:00h e 24:00h, e quando o fator de potência capacitivo é inferior a 92% entre 00:01h e 05:59h, incluindo feriados e fins de semana.

Normalmente, um banco de capacitores (um conjunto de capacitores) é usado para corrigir o fator de potência ou compensar o uso de energia reativa. Os capacitores são organizados em série ou paralelo e são incorporados ao sistema elétrico conforme o projeto.

O banco de capacitores fornece energia reativa, permitindo que a energia fornecida pela concessionária seja utilizada de forma eficiente. Essa compensação de energia reativa garante uma utilização eficaz da energia adquirida do fornecedor, beneficiando equipamentos, máquinas e transformadores da empresa.

É comum ajustar o banco de capacitores para manter o fator de potência da empresa entre 94% e 98%, que é predominantemente indutivo.

Para empresas e indústrias que operam com tensões CA entre 1 e 36,2 kV (média tensão) ou acima de 36,2 kV (alta tensão), manter o fator de potência próximo de 0,92 ou superior é crucial. Caso contrário, isso resulta em despesas elevadas e multas nas faturas mensais de energia.

Diferenças entre os tipos de cargas
Existem três tipos de cargas: resistivas, indutivas e capacitivas. Cargas resistivas convertem energia elétrica em calor, como o chuveiro elétrico e o ferro de passar roupa.

As cargas indutivas adiantam a corrente elétrica em relação à tensão, enquanto as cargas capacitivas atrasam a corrente em relação à tensão. Isso cria um desequilíbrio de corrente em relação à tensão na rede elétrica, especialmente em indústrias onde motores elétricos (cargas indutivas) são amplamente utilizados.

O banco de capacitores atua para equilibrar essa defasagem, compensando as cargas indutivas.

Dimensionamento do banco de capacitores
A seleção da configuração do banco de capacitores depende das necessidades específicas da atividade industrial. Pode haver horários alternados e picos de produção que influenciam a eficácia do banco de capacitores em compensar as cargas reativas.

Existem três tipos de dimensionadores: automáticos, fixos e programáveis. Cada um é adequado para diferentes situações.

O dimensionamento automático agrupa capacitores em bancos que funcionam conforme a demanda dos equipamentos. Ele corrige o fator de potência através de um relé variométrico sensível às variações de energia reativa.

O banco de capacitores fixo é usado para corrigir cargas constantes, onde a variação do fator de potência é mínima.

O dimensionador programável é recomendado para estabelecimentos menores, operando em horários definidos, alternando entre cargas indutivas e capacitivas.

Em resumo, estar atento às dicas de engenharia elétrica é essencial para garantir a segurança, eficiência e conformidade em sistemas elétricos. Isso evita multas, maximiza a eficiência energética e assegura um ambiente elétrico confiável e estável.